O que é necessário para financiar um imóvel?

Às vezes adiamos nossos sonhos por não termos dinheiro suficiente para realizá-lo, ainda mais se o investimento for alto, como comprar a casa própria por exemplo. Mas, o que talvez você não saiba é que financiar um imóvel, não é tão difícil assim e pode ser a solução para o seu problema. Quer saber passo a passo? Continue lendo. 

Nos últimos anos, devido a programas de incentivo do governo, financiar a casa própria ficou um pouco mais fácil. Os créditos imobiliários, que tinham sumido do mercado, voltaram com força, impulsionando o setor de construção civil. 

Mas antes de sair correndo procurar seu imóvel, existem alguns pontos de atenção, afinal esse, possivelmente, é o maior investimento que você fará na sua vida, certo? Então planejamento é o primeiro passo. 

Saiba tudo sobre financiamento de imóveis

Quanto mais você souber sobre o assunto, menor será a chance de alguém te passar pra trás durante o processo. Como existem muitas particularidades em um financiamento de imóvel, alguns bancos se aproveitam da inexperiência do cliente para aplicar cláusulas absurdas e juros exorbitantes. 

E para te ajudar nessa jornada, nós preparamos algumas dicas ótimas para te acompanhar em todos os passos, da escolha do banco até a entrega da chave.

Documentos necessários para financiar um imóvel

Os documentos necessários para fazer a solicitação de financiamento do seu imóvel podem variar de acordo com a instituição financeira escolhida, mas em geral os documentos pedidos são:

  • RG (Carteira de Identidade), original e cópia;
  • CPF (Cadastro de Pessoa Física), original e cópia; 
  • Comprovante de estado civil, cópia e original; 
  • Comprovante de renda, original e cópia; 
  • Certidão Conjunta Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e Dívida Ativa da União ou Certidão Conjunta Positiva com Efeito de Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e Dívida Ativa da União.

Trabalhadores autônomos podem comprovar renda da seguintes maneiras:

  • Contrato de prestação de serviços; 
  • Declaração do Imposto de Renda; 
  • Declaração do sindicato da categoria; 
  • Recibo de recebimento por trabalhos prestados; 
  • Declaração Comprobatória de Recepção de Rendimentos (Decore), feita por contador.

Importante ressaltar que os vendedores também devem apresentar os mesmos documentos e não podem possuir nenhum tipo de restrição financeira. Eles deverão apresentar, ainda uma certidão atualizada da respectiva matrícula do imóvel registrada no Registro de Imóveis. O imóvel não pode ter impostos atrasados nem dívidas de condomínio. 

Escolha o banco certo

Nós sabemos que, quando se fala de financiamento imobiliário, um banco popular vem à mente, certo? Mas saiba que com o aumento nos financiamentos, todos os bancos passaram a oferecer o serviço, então comparar prazos e taxas é essencial. 

Vá até o banco com o qual se relaciona e conheça as vantagens que eles oferecem a correntistas, não tenha vergonha de perguntar, saiba todas as taxas, juros, prazos, e letras miúdas do contrato. 

É possível, ainda, fazer o financiamento antes mesmo de encontrar o imóvel. São as chamadas cartas de crédito, onde o cliente solicita o financiamento ao banco, apresenta todos os documentos e, se aprovado, recebe um documento com validade de 3 meses. 

A carta de crédito vai garantir ao vendedor que você possui condição de comprar aquele imóvel, e o negócio acontece com mais rapidez. 

Use o FGTS

O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é um fundo onde o trabalhador deposita obrigatoriamente uma porcentagem da sua remuneração mensalmente, e pode ser sacado em algumas ocasiões, como para compra de um imóvel, por exemplo. 

Existem algumas regras que devem ser respeitadas:

  • Valor máximo do imóvel não pode ser maior que R$ 1.5 milhão de reais;
  • O comprador não possuir financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), em qualquer parte do País;
  • O comprador não possuir outro imóvel em seu nome na mesma cidade;
  • O imóvel deve ser em área urbana e destinar-se a moradia;
  • Estar em plenas condições de moradia no ato da compra;
  • Não ter sido usado FGTS para pagamento de parte ou totalidade do imóvel nos últimos 3 anos.

Você pode consultar o saldo do seu FGTS no site da Caixa, de forma gratuita.

Planejamento financeiro

O valor das parcelas pode não ser alto no momento da compra, mas lembre-se que além desse ser um investimento de alto custo ele é, também, a longo prazo, uma vez que os bancos estão oferecendo até 35 anos para quitar sua dívida. 

Não se deixe enganar pelas primeiras prestações, que algumas vezes podem ser um valor menor que o restante. 

Faça as contas de seus recebimentos e gastos mensais, e tenha certeza de não estar dando um passo maior que a perna.

Gastos extras

Além do valor desembolsado para dar entrada em seu imóvel você ainda terá que arcar com alguns custos extras, que podem chegar a 3% do valor do imóvel, em vistorias, impostos, despesas contratuais e taxas bancárias. 

Caso você não tenha esse valor a vista, pode solicitar a inclusão no seu contrato de financiamento. Muitas vezes os compradores preferem separar esse dinheiro para pequenos reparos no imóvel e custos de mudança, pois existe essa possibilidade. 

Idade do comprador 

Esse é um detalhe importantíssimo que as vezes passa despercebido. A idade do comprador é um fator determinante para a aprovação do financiamento e de parcelas. 

Segundo a legislação a idade para pagamento da última parcela de um financiamento é de 80 anos e seis meses. Então para obter o prazo máximo de financiamento (35 anos) o comprador não pode ter mais que 45 anos na data do financiamento. 

Corte taxas migrando de banco

O financiamento foi feito, você já está até morando no imóvel, mas descobriu um banco que tem taxas muito melhores? Não se preocupe, você pode solicitar a migração da sua dívida para outro banco escolhido. 

O processo funciona como se fosse um financiamento novo, você vai até o banco, apresenta todos os documentos solicitados e se aprovado pode transferir sua dívida. 

Dependendo da idade do comprador existe, ainda, a possibilidade de estender o prazo ou refinanciar a dívida. 

Tenha ajuda profissional

Mesmo que você já saiba tudo sobre financiamentos, contar com a ajuda de uma empresa especializada para te apoiar em todos os passos do caminho pode ser uma boa ideia. 

Gostaria de acrescentar alguma informação? Fale conosco nos comentários.

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